31 janeiro 2006

Cartas de recomendação

Ainda embrenhado na fase de candidatura, deparei-me agora com a necessidade de arranjar cartas de recomendação. Necessito que duas pessoas (dois referees), que conheçam o meu trabalho - ao nível académico, de investigação ou profissional -, escrevam um documento (cada uma delas), falando um pouco de mim.

O ideal, segundo a Universidade de Cambridge, é arranjar duas pessoas que tenham orientado trabalhos de investigação. Para quem concorre para um PhD, depois de se ter licenciado e feito um mestrado é simples, e as pessoas estão escolhidas: o meu orientador de projecto final de curso (Professor Manuel de Oliveira Duarte, da Universidade de Aveiro) e o meu orientador da dissertação de mestrado (Professor Laurie Cuthbert, do Queen Mary University of London).

Já enviei um documento com instruções em como escrever a tal carta de recomendação, e agora espero que os meus ex-orientadores me enviem esses documentos, num envelope selado e lacrado...

21 janeiro 2006

As escolhas (I)

Quando se pretende fazer um PhD, as primeiras coisas em que se tem de pensar são a escolha de um projecto de investigação, e o (ou os) orientador(es).

O projecto de investigação deve ser uma “contribuição inovadora e original para o progresso do conhecimento” (ver aqui), por isso é fundamental ter conhecimentos sólidos na área em que vamos trabalhar, já que fazer algo de novo, algo que nunca ninguém fez, e estar a fazê-lo individualmente (apesar de supervisionado), é um projecto arriscado e difícil (conheço pessoalmente o caso de uma pessoa que estava a fazer doutoramento e, alguns meses antes de entregar a tese surgiu uma outra exactamente no mesmo assunto, publicando resultados iguais aos seus…).

Muitas vezes, no entanto, os próprios orientadores têm ideias mais claras e mais bem definidas das áreas em que nos queremos envolver, e têm também informação útil acerca do que se passa pelo mundo naquele assunto específico. É por isso que, na minha opinião, mais que o projecto de investigação, a escolha do orientador é de suprema importância, e que por isso deve ser tratado com a maior ponderação.

Voltarei a este assunto.

12 janeiro 2006

Abertura oficial

Sou português. Natural de Aveiro. Trabalho em Lisboa. Tirei o meu curso - Eng. Electrónica e Telecomunicações - na Universidade de Aveiro. Tirei um MSc (Mestrado) em Telecomunicações na Universidade de Londres (Queen Mary University of London). Dentro de alguns meses espero ser aluno de PhD (Doutoramento) na Universidade de Cambridge. É por essa razão que estou a criar este blog.

Ainda estou em Lisboa, e hoje comecei a preencher os papéis de candidatura para Cambridge. O objectivo deste blog é duplo:

1) Ser um relato do que implica uma candidatura (de uma forma muito pessoal, pois é a minha candidatura, embora possa guiar futuras, o que seria muito bom) para a Universidade de Cambridge: que passos tenho de dar? Como escolher um projecto de investigação? Como escolher um orientador? Que burocracias resolver? Que imbróglios solucionar?

2) Se a candidatura correr como espero, e se eu for aceite como aluno da Universidade, irei viver no frio clima inglês durante 3 anos. Assim, este blog passaria a ser um "diário de bordo": como é ser um doutorando em Cambridge? Como é a cidade? Como se vive lá?

Abre-se, assim, uma nova - pequenina - janela no imenso universo que é a Internet. Para já, ao vivo de Lisboa. Em breve, espero, Live from Cambridge!